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-Tomado de Brasil
247
Responsável pela política nuclear e pela construção do
submarino nuclear brasileiro, o almirante almirante Othon Luiz
Pinheiro da Silva reafirmou que é inocente de todas as acusações que levaram à
sua condenação a 43 anos de prisão pela Lava Jato e destacou que sua saída da
cena energética do país interessa sobretudo “ao sistema internacional
preocupado com o fortalecimento de um dos países integrantes dos BRICS. Os
brasileiros transnacionais, muito provavelmente, ficaram satisfeitos com o meu
processo e a minha saída do cenário”, afirmou.
247 – Em uma entrevista feita poucos dias antes de deixar a prisão,
o que aconteceu na quarta-feira (11), o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva
reafirmou á Carta Capital que é inocente de todas as acusações que levaram à
sua condenação a 43 anos de prisão pela Lava Jato pelos supostos crimes de
corrupção, lavagem de dinheiro, embaraço a investigações, evasão de divisas e
organização criminosa nas obras de construção da usina nuclear de Angra 3.
Segundo ele, sua condenação interessa sobretudo “ao sistema internacional
preocupado com o fortalecimento de um dos países integrantes dos BRICS. Os
brasileiros transnacionais, muito provavelmente, ficaram satisfeitos com o meu
processo e a minha saída do cenário”.
Segundo o almirante, os “brasileiros transnacionais são
aqueles que, embora tenham nascido neste belo país, gostariam de ser cidadãos
de outros países, em particular dos Estados Unidos. Não dão importância aos
grandes problemas e desafios nacionais, não se preocupam em resolvê-los e, às
vezes, em proveito próprio, não se importam em agravá- los. Minha condenação
interessa ao sistema internacional contrário aos BRICS”, afirma.
Responsável por uma das mais bem sucedidas experiências
mundiais “na viabilização, com tecnologia nacional, do enriquecimento isotópico
de urânio e de todas as demais etapas do ciclo do combustível nuclear” e no
desenvolvimento e instalação nuclear para submarinos, incluindo a fabricação,
no Brasil, de todos os equipamentos e componentes necessários” Othon também
gerenciou “a definição do mais moderno programa de construção de centrais
nucleares e armazenamento de rejeitos”.
“Esse programa provocou grande impacto no cenário
internacional. Uma evidência disso é o fato de eu ter recebido, em um mesmo dia,
na sede da Eletronuclear, as visitas do subsecretário de Energia dos Estados
Unidos e do ex-primeiro-ministro da Rússia e presidente da empresa estatal de
energia atômica Rosatom, Sergey Kiriyenko”, destacou.