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21 octubre, 2017

Almirante do programa nuclear brasileiro diz que a prisão dele interessava a grandes potências



 NOVEDAD / Noticia en portugués -Tomado de  Brasil 247

Responsável pela política nuclear e pela construção do submarino nuclear brasileiro, o almirante  almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva reafirmou que é inocente de todas as acusações que levaram à sua condenação a 43 anos de prisão pela Lava Jato e destacou que sua saída da cena energética do país  interessa sobretudo “ao sistema internacional preocupado com o fortalecimento de um dos países integrantes dos BRICS. Os brasileiros transnacionais, muito provavelmente, ficaram satisfeitos com o meu processo e a minha saída do cenário”, afirmou.

247 – Em uma entrevista feita poucos dias antes de deixar a prisão, o que aconteceu na quarta-feira (11), o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva reafirmou á Carta Capital que é inocente de todas as acusações que levaram à sua condenação a 43 anos de prisão pela Lava Jato pelos supostos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, embaraço a investigações, evasão de divisas e organização criminosa nas obras de construção da usina nuclear de Angra 3. Segundo ele, sua condenação interessa sobretudo “ao sistema internacional preocupado com o fortalecimento de um dos países integrantes dos BRICS. Os brasileiros transnacionais, muito provavelmente, ficaram satisfeitos com o meu processo e a minha saída do cenário”.

Segundo o almirante, os “brasileiros transnacionais são aqueles que, embora tenham nascido neste belo país, gostariam de ser cidadãos de outros países, em particular dos Estados Unidos. Não dão importância aos grandes problemas e desafios nacionais, não se preocupam em resolvê-los e, às vezes, em proveito próprio, não se importam em agravá- los. Minha condenação interessa ao sistema internacional contrário aos BRICS”, afirma.
Responsável por uma das mais bem sucedidas experiências mundiais “na viabilização, com tecnologia nacional, do enriquecimento isotópico de urânio e de todas as demais etapas do ciclo do combustível nuclear” e no desenvolvimento e instalação nuclear para submarinos, incluindo a fabricação, no Brasil, de todos os equipamentos e componentes necessários” Othon também gerenciou “a definição do mais moderno programa de construção de centrais nucleares e armazenamento de rejeitos”.
“Esse programa provocou grande impacto no cenário internacional. Uma evidência disso é o fato de eu ter recebido, em um mesmo dia, na sede da Eletronuclear, as visitas do subsecretário de Energia dos Estados Unidos e do ex-primeiro-ministro da Rússia e presidente da empresa estatal de energia atômica Rosatom, Sergey Kiriyenko”, destacou.